quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Para Fernando Pessoa


O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente
(Fernando Pessoa)

Um poeta quando escreve se afasta tanto de si,
Mais se afasta tanto de si,
Que quase chega a ser ele mesmo

A poesia é um exercício de transcendência
O coração aperta, a palavra queima
O poeta escreve para se salvar

Um comentário:

Topogígio disse...

Quanto mais nos afastamos de um ponto, estamos mais perto dele.
Inclusive de nós mesmos